“Ser jovem e não ser revolucionário
é uma contradição genética.”
Che Guevara
CICLOFAIXAS X ESTACIONAMENTO
photo by Lidiane Mallmann
"Para ampliar as vagas para carros, um vereador de Lajeado -
Sérgio Rambo (PT) - criou um projeto de lei que pretende
utilizar os 21,6 quilômetros de ciclovias como estacionamento em horário
comercial.
Rambo (PT) pretende resolver o problema de falta de vagas na cidade, que
possui uma frota de 34,4 mil automóveis, sem contar ônibus, motos e caminhões,
segundo dados da prefeitura.
— Não quero terminar com as ciclovias, mas aproveitar esse espaço que não está sendo usado para uma grande necessidade que temos que é estacionar os carros — justifica Rambo.
— Acho importante ter ciclovia, porque é mais seguro. E mesmo tendo ciclovia agora, já é difícil pra gente, porque temos que desviar de carros que ficam em cima da faixa — conta Victor de Melo Santos, 10 anos.
Preocupado com esse e outro “conflitos viários”, o coordenador do Departamento de Trânsito da prefeitura de Lajeado, Euclides Rodrigues, afirma que um estudo deve ser feito para verificar em que locais a ciclovia oferece segurança aos ciclistas e onde poderia ser melhor utilizada.
— Sou a favor das ciclovias, sempre, pois mesmo que ainda não seja costume andar de bicicleta no município, é uma tendência mundial, envolve menos poluição e consome menos espaço nas ruas. Mas é preciso averiguar se as ciclofaixas existentes estão bem colocadas — avalia Rodrigues.
Um grupo de ciclistas do município, chamado de Pedalajeado, está mobilizado para buscar diálogo com o vereador.
Leia aqui também:
Em
manifesto, os participantes pedem mais diálogo e debate sobre a proposta com
“participação de toda a administração pública, da sociedade civil organizada,
de organizações representativas e da sociedade em geral”, para que se discutam
as “questões da mobilidade urbana e do desenvolvimento sustentável”.
CONTRA
Alexandre Luis Schultz, antropólogo e economista: Sou contra a ideia de permitir o uso das apenas à noite. Acho que a ciclofaixa é parte física importante para alternativas de transporte. Lajeado, uma cidade que tem mais de um automóvel a cada dois habitantes precisa, urgentemente, repensar suas formas de mobilidade.
Sandro Gularte Duarte, dermatologista: Com todo respeito, mas considero um retrocesso. Devemos estimular as pessoas a utilizarem meios de transporte alternativos. Sei que parece ainda algo muito teórico para Lajeado, mas não mais utópico, ontem mesmo, vi um ciclista indo de Lajeado a Estrela, bem cedo, provavelmente indo trabalhar. Nos 10 anos que vivo em Lajeado a dificuldade para estacionar piorou muito rapidamente, não tem mais condições, mas priorizar o automóvel já era.
Nicole Sberse Morás, jornalista: Pedalo e utilizo as ciclofaixas, mas não diariamente. Acredito que projetos como o do vereador vão justamente na contramão do movimento que deveria ser feito para que tivéssemos cada vez mais ciclistas e condições para os ciclistas. Se não temos a cultura do ciclismo em Lajeado, acredito que é justamente essa a importância da ciclofaixa: fazer com que se desenvolva essa cultura!
MERCKEL: MENS SANA, CORPORE SANO *
"Na época da socialista República Democrática Alemã, (Alemanha Oriental), a chanceler alemã luterana e cientista física
Angela Merkel
integrava a Freie Deutsche Jugend,
(Juventude Alemã Livre), um movimento popular jovem arregimentado pelo
Partido Único.
Naquela época a RDA levou a galera para um acampamentos de verão
ou FKK ( Frei Kultur Koerper ) onde se colocava em pratica a ginástica
filosófica uma mente sã num corpo são *, legado da HJ ( Hitler Jugend ) e Wandervogel .
Agora a foto está aí para comprovar uma juventude feliz e saudável antes, durante
e depois da propaganda de guerra. Esses
padrões idealistas-naturistas persistiram mesmo na década de 70, no Ocidente."
To dizendo: cum sale et sole omnia fiunt!*
Do facebook de Aimar Labaki / http://direct.cd/2013/05/16/voici-la-photo-nue-de-la-chanceliere-allemande-angela-merkel-regardez.html
* Sol e sal livram a gente de muito mal...
ONDE SERÁ QUE ANDA...
1 ... o Delfino?
Trabalhamos juntos no banco mineiro que existia em frente
a Praça da Alfândega, na capital, bem no finalzinho dos anos setenta, véspera da anistia política.
O Delfino era um sujeito de ventas inspiradas.
Rabiscava poesia e era letrista.
Um dia mostrou para nós um caderno com versos bem
elaborados.
Gostei do que li. Palavras ferinas e libidinosas.
Aí, com a
convivência diaria de cafezinho e confidências, o desencanto.
Delfino gostava de se
gabar sobre liberdade e amor sem amarras, assunto que passava longe dos nossos
conluios sobre o retorno dos exilados. Mas eu ouvia.
Aquela poética terminou quando descobrimos que o Delfino, recém separado e nem oito meses
depois, se casara novamente. E juntado todas as poucas tralhas com a nova
mulher. Não deu tempo nem para criar meia dúzia de poemas.
Delfino era o tipo de homem que
precisava viver enrabichado.
2 Desconfio que o meu colega não sabia o que
fazer com a sua própria liberdade pessoal.
Precisava de uma aliança para acorrentá-lo ao matrimônio. Coração nas
grades durasse o tempo que durasse. Meu colega não conseguia conviver com ele
mesmo. É da vida.
Hoje conheço várias pessoas que traduzem o estilo Delfino.
Não
se suportam no silêncio. Não conseguem tomar um chimarrão consigo e sigo. Não
abrem um livro. Não vão ao cinema sozinho. Em um buteco? Viajar? Nem
pensar. Descasalados não se vêem
curtindo a liberdade de assumir fantasias e surpresas que a vida pode
apresentar. Precisam de parceria para tudo nessa vidinha: teto, mesa, edredom e
tevê.
Quando conheci o Delfino, ele já estava no segundo casamento
de papel passado. Recém promulgada a lei do divórcio, se não me engano. Aliás,
naquele ano, centenas passaram de desquitados para nova situação civil. Só no
banco foram uns nove. Juro.
E quando pedi demissão ele contava cinco filhos e um quarto
casamento, agora com uma dentista e suas duas filhinhas.
3 Os olhos são
melhores testemunhas que os ouvidos, mesmo.
Depois de muitos anos reencontrei o meu ex-colega em um
shopping na capital.
Estávamos sentados na praça de alimentação.
Ele não me
reconheceu ou fez de conta.
Mas eu sim:
cabeça branca, magro, roupas folgadas, sentado numa cadeira de rodas. Conversas
monossilábicas com uma mulher vestida de branco a sua frente com o olhar perdido no movimento ao redor. Fico
sempre impressionada como existe gente que sempre se arranja na vida. Antes de me levantar para ir ao cinema ainda ouvi quando ele
assoprou para a mulher um “Minha vida...”.
DO MEU BLOQUINHO...
"Eu tinha sete vidas. Agora só tenho três. A que eu
tenho. A que os outros enventam. E a que os outros cuidam" . li isso pintado
na traseira de um caminhão, placa de Encantado, que rodava na Br 386, perto do pedágio de Fazenda Vilanova. quando
passei na polícia federal, o jovem motorista do caminhão estava ganhando uma
multa. é difícil ser revolucionário nos dias de hoje. sempre tem alguém na
nossa sombra.
3 comentários:
CICLOFAIXAS X ESTACIONAMENTO
foto tirada no momento da saida dos alunos quando alguns também pegam as vans. Trata-se de um instantâneo tendencioso. Prefiro meu filho pegando a van alí do que atravessar a rua para faze-lo. Depois deste horario não se vê uma bike e também ninguem estacionado sobre este local. Contudo os carros se amontoam para respeitar o modismo.
Enquanto lá, na época o movimento que está hoje no poder dizia:
MENS SANA, CORPORE SANO.
Aqui: Ser jovem e não ser revolucionário é uma contradição genética.
Deu no que deu. Lá Bibão aqui bibinho
Vc já estudou lá antes das ciclofaixas? Pois bem o espaço era estacionamento dos professores...
A Van ao chegar lá vai ter espaço? ou vai ter que estacionar em faixa dupla e assim atrapalhar todo o trânsito...
As vezes o que parece bom.. é pior...
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