segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

JORNALISMO INVESTIGATIVO: JÁ!



A jornalista Clarice Gontarski Speranza, com passagem pela Zero Hora, Bandeirantes e rádio Gaúcha, esteve no sábado conversando com a redação do jornal O Informativo sobre Jornalismo Investigativo. Fui a convite do colega Emílio Rotta.

Entre outros comentários da jornalista, algumas frases me tocaram muito:

“Jornalista bom é crítico, chato e curioso. Jornalista é um cara que não se conforma.

“Jornalistas em geral são descuidados com a questão cultural: não vêem a importância do contexto na matéria, não aproveitam os “ganchos” (outras informações que o ambiente apresenta) para valorizar sua reportagem.”

“Uma pauta bem elaborada pelo chefe de reportagem já é metade d o trabalho do repórter.”

* Eu acrescentaria que o bom jornalista traz um olhar sensível às coisas que ocorrem ao seu lado, a sua frente e atrás. Atem-se a uma ética superior a ética do patrão. E que se preciso, burla a cartilha política e econômica do empresa para levar ao leitor fatos relevantes que acontece ao redor. Exemplo?

A derrubada dos plátanos na cara da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, à rua Arno Ladner, entre as ruas Saldanha Marinho e Tiradentes.
Investiguem.
Porque jornalismo investigativo é como o trabalho de um pesquisador: cata os dados, analisa e interpreta. Depois de compreendido, explica para a comunidade onde se insere.

E por favor, nesse caso, façam chegar até a Promotoria.

3 comentários:

Emilio Rotta disse...

Laura, obrigado pela presença! Um grande abraço

Emilio Rotta

Anônimo disse...

Será que nossos jornalistas aprenderam alguma coisa? Lembro do caso dos pneus da prefeitura, quando amordaçaram o jornalismo investigativo em Lajeado, calando a imprensa regional com ameaças... O pior: os donos dos veículos de comunicação (todos), em vez de endossarem as matérias, textos e falas de seus profissionais, sucumbiram ao poder político e de maneira vexatória não só calaram os jornalistas, mas alguns tiveram que viajar para outros lugares "até as coisas se acalmarem". Resultado: enterraram os brotos do pouco talento existente na imprensa do Vale. Os jornais e rádios na época (e ainda hoje) precisam mais do dinheiro das instituições gastos em publicidade do que dos jornalistas investigativos.

Anônimo disse...

Hoje qualquer promessa do governo municipal é tomado como verdade absoluta e vira manchete, sem se questionar por quê, como e quando as coisas serão feitas. Antes grandes projetos e obras eram entregues e solenemente ignoradas pela mídia. Essa diferença é só por dinheiro?