terça-feira, 18 de dezembro de 2012

DO MUNDO LITERARIO


Em outubro deste ano, o  escritor Javier Marías, autor  de "Os Enamoramentos",  recusou o Premio Nacional de Literatura de Espanha de 20 mil euros concedido pelo MEC da Espanha. Alias,  desde 1995  ele  não aceita prêmios estatais:
"O Estado não tem de dar-me nada para exercer a minha tarefa de escritor, que escolhi por minha própria iniciativa", disse ao jornal  El País.
Não aceita nem para doar a uma instituição: "Seria demagógico. Eles saberão o que fazer com o dinheiro, podem dá-lo às biblioteca públicas que têm orçamento zero".
Javier Marías  é traduzido em mais de 50 países e tem mais de 6 milhões de livros vendidos em todo o mundo.  “Os Enamoramentos" f oi considerado o melhor romance de 2011 por um painel de 57 críticos literários espanhóis. 
O escritor  Thomas Bernhard  é outro  polemico. Austríaco, detestava galardões, bem como a cerimônia, a hipocrisia e a arrogância do mundo da cultura. Disse certa vez  ao receber uma honraria:
“Prêmios em geral não constituem honra nenhuma.  Honra é uma perversidade, não existe honra no mundo. As pessoa chamam de honra  o que é na verdade, infâmia.”
Agora leio que  o  romance "Debaixo de algum céu", do português  Nuno Camarneiro,  é o vencedor do Prémio LeYa. Embolsou 100 mil euros. Mas é premio de editora.
E assim segue a vida no mundinho das vis metáforas e metonímias entre tantas vaidades...
A propósito:  não li nada de nenhum dos três.  E você?

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