terça-feira, 30 de outubro de 2012

ABRA UM LIVRO...


GRANDE SERTÃO: VEREDAS
  "Nonada. Tiros que o senhor ouviu foram de briga de homem não. Deus esteja. Alvejei mira em árvore, no quintal, no baixo do córrego. Por meu acerto. Todo dia isso faço, gosto; desde mal em minha mocidade. Daí, vieram me chamar. Causa dum bezerro: um bezerro branco, erroso, os olhos de nem ser - se viu - ; e com máscara de cachorro. Me disseram; eu não quis avistar. Mesmo que, por defeito como nasceu, arrebitado de beiços, esse figurava rindo feito pessoa. Cara de gente, cara de cão: determinaram - era o demo."

Guimarães Rosa

Um comentário:

Pensando disse...

Com Grande Sertão Veredas aconteceu o mesmo que com Cem Anos de Solidão. Comecei a ler diversas vezes e desisti. O experimentalismo linguístico da primeira fase do modernismo, e o longo labirinto narrativo dispersavam-me.Não sei se reencontrarei Riobaldo e Diadorim.