sábado, 13 de agosto de 2011

A GROSSURA DE UMA PLATEIA GAUCHA



“Aconteceu esta semana na estréia do espetáculo Viver sem Tempos Mortos, monólogo com Fernanda Montenegro e textos de Simone de Beauvoir.

A certa altura da peça, a filósofa francesa fala da dor de assistir à decadência física de Sartre. Um momento de recolhimento da atriz, que há pouco tempo perdeu o companheiro com quem foi casada por mais de 60 anos. Por algum motivo inexplicável, muita gente achou engraçado o fato de o velho filósofo ter sofrido de incontinência urinária antes de morrer, e as gargalhadas na platéia romperam a delicadeza do momento ainda mais grosseiramente do que o celular que tocara minutos antes.”

Claudia Laitano na crônica Riso fora de hora
Zero Hora de hoje

* Já vi situação semelhante em teatros no SESC de Lajeado. Não há o que se possa fazer. Sensibilidade não se compra em farmácia nem se adquire em academia de ginástica.

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