quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

CONSCIENTIZAÇÃO


 Os historiadores Jones Fiegenbaum e Patrícia Schneider, de Lajeado e Santa Clara, ambos com respectivos  mestrado na área de História da América Latina e Patrimônio Cultural, apresentam posições contrárias a transferência dos índios caigangues junto a BR 386,  por conseqüência da duplicação da rodovia.

“Os índios chegaram primeiros, sim, eles tem direitos garantidos pela constituição, sim eles tem leis próprias, sim, eles tem leis internas, sim eles tem um órgão que os representa, FUNAI!

Um cidadão comum, se ele se instalar na beira de uma rodovia ele vai responder por sua legislação, por seus direitos, terá um advogado garantido pelo estado para o defender, e isso são situações TOTALMENTE diferentes.
 Em favor do progresso o Brasil já se passou por cima de muita coisa, em favor do progresso o Rio Grande de Sul já se passou por cima de muita coisa, em favor do progresso Lajeado passa por cima de muita coisa, e isso precisa ter um fim, pois isso sim, está “Excedendo o limite”.

Temos que parar de pensar que essas ações, de preservação da história, do patrimônio arqueológico, dos grupos remanescentes de indígenas e do ambiente são entraves. São medidas mínimas de compensação em troca do “desenvolvimento”. 

Um povo consciente, não se preocupa só com o presente, é preventivo. Antecipasse as possíveis questões do futuro, preserva para o futuro. Ou somos tão sábios ao ponto de saber o quanto nos pesará estas ações de agora. A história esta aí para não nos deixar esquecer o quanto já foi destruído.”

Ontem, vi um grupo de jovens mulheres, vestindo camisetas do DNIT, entrando numa cafeteria da cidade de Lajeado. O crachá identificava um órgão ambiental. Quando perguntei sobre a BR 386 e os índios a uma delas, enrolou e não disse coisa com coisa. Aliás, a impressão era de que nem sabia o que tinha vindo fazer na região.
Triste.

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