sexta-feira, 25 de junho de 2010

AINDA SARAMAGO

"O fim de Saramago foi como o fim de qualquer homem, inerte, abatido pelo tempo, um entre muitos de todos os dias. Em grande parte, o que o diferenciava dos outros não eram suas formas, mas o caráter imperativo de sua alma. (...)

Era um comunista apaixonado, divinamente ateu, era, por si só, um estrondoso arroubo de alegria, embora optasse sempre por uma certa melancolia, tão lusa, não raro pessimista, sobre os destinos do mundo. Generoso, nos deixou duas jóias terminais, “A viagem do elefante” e “Caim”, o primeiro, sobre o tempo dos homens e o amor dos bichos, o outro, das contradições e da precariedade da fé."

Leandro Fortes
http://brasiliaeuvi.wordpress.com/

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