sexta-feira, 12 de setembro de 2008

DE PROSA
COM A LAVADEIRA...

- Óia, comadre... Casamento às vezes é Q-boa, outras é Confort. Sou ainda do tempo que se quarava roupa limpa com anilina.
- É, mas ninguém quer ficar sozinha.


- Mas, comadre, os tempos mudaram. Hoje até o telefone a gente carrega junto!Pode isso?

- Eu quero casar de véu e grinalda.
- Casamento é uma coisa. Sexo é outra. Tu sabe que pra ter sexo não precisa casar.
- Não tô gostando de assuntá isso...

- Comadre, me segue o pensamento e vamos organizar o varal:

Sexo pra cá; afinidades pra lá.
Sexo pra cá; vida social pra lá.
Sexo pra cá; devoções esportivas pra lá.
Sexo pra cá; controle remoto da tv pra lá.
Sacanagem pra cá; aversões pra lá.
Vingança pra cá; advogados pra lá.
Liberdade: toma lá da cá.
Alguém falou em romantismo?

- Crédo, comadre.... Que filosofia de tanque a sua?
- Mas, comadre, larga de ser besta, hoje em dia a gente já casa com um futuro ex-marido. Casamento não é como andar de bicicleta, sua desmiolada! Casamento não é conhecimento de diploma. É ha-bi-li-da-de.

- Crédo...
- Casamento não é paciência. É insistência.É conduta e regras.
- Crédo...
- Um tédio, comadre, um tédio.

- Bom... Vou te contá a última: o marido da...
- Popará! No meu Varal não tem baixaria! Aqui a imundíce fica por conta da campanha política! Dispenso a tulha íntima dos outros. Quequeisso... E o nosso telhado?
- A senhora me adisculpa...



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